terça-feira, 17 de setembro de 2013

APOLOGETAS DA DESCRIMINALIZAÇÃO, OU: INCAPACITANDO O ENTENDIMENTO E A AUTODETERMINAÇÃO A PARTIR DE UMA CULTURA DE MORTE


Nietzsche, Rimbaud, Baudelaire, Baudrillard e todos os que fazem a apologia de uma visão fisiologicamente embriagada do mundo, são na verdade um thesaurus de slogans irracionais de onde marxistas, niilistas, ateus e neopagãos retiram suas frases de efeito para instaurar o REGIME DA INTOXICAÇÃO INTENSA E VOLUNTÁRIA PARA INCORRER CONSTANTEMENTE NO ERRO E NA IGNORÂNCIA. Afinal, é a última moda em Paris, capital do Maio de 68, dissolver-se no Absoluto ou no Abismo dilacerando-se a si mesmo no estado dionisíaco por excelência: A VISÃO TÓXICO-TRÁGICA DA EXISTÊNCIA HUMANA. O lixo da academia.

O propósito da descriminalização do porte e do uso de entorpecentes não visa a nenhuma diminuição dos maus tratos a drogados ou à solução para a violência do narcotráfico, porque o discurso proclamado pelo movimento intelectual e artístico a favor da descriminalização das drogas é, precisamente, uma APOLOGIA DA INTOXICAÇÃO QUE ALMEJA ELIMINAR, DIMINUIR E ALTERAR NO TOXICÔMANO SUA CAPACIDADE DE ENTENDIMENTO OU DE AUTODETERMINAÇÃO, embora pregue de um modo politicamente correto que só querem a livre autodeterminação individual, sem axiologia platônica nenhuma, obviamente, para capacitar o entendimento. 

Os niilistas e os beatniks querem única e exclusivamente que o estado não mais impute penalmente aquele que porta ou usa drogas na frente de crianças e idosos em parques, praças e bosques, e pouco lhes importa se os indivíduos sob a ação de entorpecentes euforizantes como a cocaína, a heroína e o crack perpetrarem atos depredatórios, obscenos ou até mesmo lesões corporais nos circundantes, isto sem excluir a hipótese de que qualquer drogado está muito mais propenso à prática do homicídio, dado que ele pode sentir-se provocado por um olhar ou gesto de outrem, que ele, com os sentidos perturbados pela sua desarmonia interior ainda mais acentuada pela ação do tóxico, responderá certamente com uma violência correspondente àquela que gerou em si mesmo. E depois será a sociedade dos cidadãos capazes de entendimento e de autodeterminação que serão responsabilizados por terem olhado, gesticulado ou simplesmente transitado pela via de um modo “errado”, que teria dado a entender ao toxicômano que alguém estava agindo injustamente com ele.

Se o toxicômano, primeiramente envenenado por aquele imaginário niilista que lhe arranca o sentido de sua existência, exigindo dele uma dilaceração de sua personalidade para que, enfim, se dissolva novamente na natureza (seja lá o que isto for para a mentalidade doentia do niilismo de Nietzsche), decide então entupir-se de drogas para alcançar aquele estado de perturbação afetiva intensa, com o desejo megalomaníaco de que aquele estado não apenas se intensifique, mas permaneça perpetuamente, para que a ira, a alegria e o prazer erótico afastem o medo, a aflição e a vergonha das condições individuais de sua vida, são os demais concidadãos que veem amplamente ameaçado seu direito à sua integridade física e psíquica.

Só quem não se apieda fraternalmente das almas desesperadas e angustiadas que perambulam errantes e intoxicadas pelas cracolândias da vida é que celebram a descriminalização do porte e do uso de entorpecentes como um sinal de progresso para a socialdemocracia brasileira. Afinal, quem, dos mais aguerridos defensores da descriminalização são ou foram toxicômanos que perderam todas as melhores coisas da vida para dissolver-se na tormenta do desregramento intoxicado? Quem? Conheço muitos que depois de umas duas ou três cheiradas pediram dinheiro para o papai e, depois da internação em ótimas clínicas psiquiátricas, passaram a posar de iniciados em mistérios dionisíacos, dizendo que o Abismo é tudo de bom. Estou esperando sentado o dia em que abandonem seus cargos acadêmicos e, coerentes com o exemplo de seu idolatrado Rimbaud, se tornem traficantes de armas.  

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